quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Uma pessoa que dizia ser minha amiga inventou um boato a respeito da minha conduta. Estou sofrendo com isso. Gostaria de compreender o que leva as pessoas a fazer mal de outras. Obrigada”

Toda vez que se faz um comentário desabonador sobre o comportamento alheio, ou em casos mais graves, quando se inventa algo sobre o outro, que há é uma pessoa, objeto da maledicência. Vivemos numa sociedade exatamente competitiva e existem duas formas cruéis de destruímos um aos outros. Ou matamos a pessoa ou matamos a sua imagem. Numa sociedade em que uma imagem tem valor, falar mal de alguém, é uma tentativa de aniquilação de outro. Esse comportamento é fruto da competição da inveja. O prazer de falar mal de alguém é uma tentativa de falar mal de outro. Esse comportamento é fruto da competição e da inveja. O prazer de falar mal de alguém existe porque equilibra o mal-estar do invejoso diante da alegria, sucesso ou competência do outro. O maledicente sofre de profunda inferioridade e sofre com o brilho das outras pessoas. O maledicente é semelhante ao planeta que, não tendo luz própria, só consegue brilhar roubando a luz do sol. Se temos a necessidade de espalhar o lado negativo de alguém, ainda que seja verdade, estamos sendo inimigos dessa pessoa e queremos sua destruição para nos sentimos superiores a ela. Muitas pessoas não perceberam o estrago que fazem na vida de outras quando são maledicentes e outras sabem disso e o que fazem exatamente por isso.

O que temos a fazer é aprender a conviver com esse fenômeno. Se crescermos e tivermos sucesso, inevitavelmente seremos objetivos da inveja alheia e da maledicência. Muita gente sofre profundamente quando é alvo de uma fofoca. Chora, sente-se injustiçada e isso tem a ver com a vaidade humana. Temos que aprender primeiramente a não falar mal das pessoas, e de preferência desenvolver a competência de falar bem. Em segundo lugar, não devemos sofrer tanto, em vista da consciência da consciência e da inveja de quem fala mal de nós e de quem definitivamente não vale a pena dar tanta importância a isso, embora devamos cortar qualquer relacionamento com pessoas destrutivas.

Uma das maiores virtudes do homem é a capacidade de admirar, de olhar a lado claro e bom que existe nas outras pessoas. A começar por nós mesmos. Uma pessoa que se admira, que se vê nos aspectos positivos, que se ama, que se perdoa pela própria imperfeição do outro e não sente prazer em falar mal e destruir um ser humano

O amor só existe em pessoas com competência para admirar. A hostilidade e o desamor começam com maledicência. Todo cuidado é pouco com o ser humano. Cultivar o respeito a natureza humana é o primeiro passo para relacionamentos sadios.

Os maledicentes são pessoas complicadas para o relacionamento e trazem muitos problemas para os grupos a que pertencem, seja na família ou na sociedade. A palavra é um grande dom e estrutura as relações. A língua estabelece um dialogo o afeto, o elogio, o amor. Quando nossa língua ta conectada com o coração, em sintonia com o sentimento, ela fala aquilo de que está cheio o coração.

Se nele há bondade, afeto, ternura e amor, a língua é instrumento de construtividade, beleza e admiração. É bom falar bem das pessoas, realçar seu valor perante os outros, admirar seus dons e seus talentos. Isso cria um clima de paz e harmonia. Quando porem, o coração está cheio de inveja, ressentimento e ciúme, a língua instrumento de destruição, é felina faz estragos na vida de outros e na própria vida.

A boca fala o que há no coração. Conhecemos as pessoas por suas falas, porque aí conhecemos o seu coração. Pessoas amorosas têm palavras amorosas. Pessoas invejosas têm palavras venenosas. Uma forma saudável de conviver com a calúnia e a difamação é aumentar a nossa auto-estima, a partir da observação de nossos pontos fortes, nosso potencial e do perdão a nossa fragilidade. A menor resposta aos que falam mal de nós é continuarmos, com humildade, a caminhada pra novas conquistas, novos horizontes, para a alegria e para a felicidade.

Biel :D

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